segunda-feira, 31 de agosto de 2009

"Acordo todas as manhãs com este zumbido e a certeza que não vais voltar. Cansada de me convencer que, apesar e acima do teu idividualismo, estava a tal inevitabilidade a que nos submetemos e chamamos amor, pensei que, com todo o amor que sentia por ti, te iria suavizar e de alguma forma fazer parte do teu equilibrio, tornando-me subtilmente indispensável. Hélas. Nunca pensei enganar-me tanto. Mas só agora percebo que o teu amor por mim não foi uma inevitabilidade, mas uma escolha. Alguém que te chamou atenção e que, um dia, decidiste que querias atravessar, com a intuição de um animal selvagem que procura refúgio temporário, quando está cansado. Sei que não vinhas a fugir de nada, nem á procura de coisa nenhuma. Mas acho que, quando eras pequeno, te arrancaram uma parte de ti, e desde então ficaste imcompleto e perdeste, quem sabe talvrz para sempre, a capacidade de adormecer nos braços de alguém sem que penses no perigo de ficar na armadilha do carinho para todo o sempre."
Margarida Rebelo Pinto

(Se um dia leres, tenho a certeza que iás lê-lo da mesma maneira que eu. Porque o que está escrito é parte da nossa história, conta parte da nossa realidade. Amo-te para sempre miguel (l)